topo
linha2

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player


Fotogaleria

 
» Home » Crónicas e Artigos » Vigiando Baleias

 

Vigiando Baleias

Observar baleias é uma actividade que se está a espalhar por quase todos os portos açorianos, mesmo aqueles que não têm qualquer tradição da antiga caça ao cachalote. Os improvisados exploradores da actividade não se cansam e já causam certa apreensão aos serviços públicos como acaba de ser trazido à Imprensa Regional pelas entidades respectivas.

Na realidade, é indispensável que se ponha cobro a tanta ganância.

Ver baleias e golfinhos no seu habitat é um desporto, em certa medida empolgante. Os animais estão tranquilos, pois deixaram de ser perseguidos pelos antigos baleeiros, cuja caça foi, durante mais de um século, uma actividade rendosa e promotora do equilíbrio da economia familiar desta terra.
A baleia ou cachalote fornecia o óleo para a indústria e para a iluminação doméstica, numa época em que a exploração do petróleo era quase desconhecida. A carne servia para a alimentação de suínos e para a adubação das terras, e até os dentes e ossos do animal eram transformados em diversos objectos de utilidade vária. Até do osso se faziam fechaduras para segurança das habitações. Nada era desperdiçado.

O golfinho, um nome moderno do antigo boto ou moleiro, produzia óleo para as candeias de iluminação e a carne também era utilizada na alimentação dos animais domésticos enquanto a de toninha representava um dos bons pratos da alimentação familiar.

Tudo era praticado sem atitudes selvagens mas com cuidado e até respeito, tal como acontece aos animais domésticos – galinhas e frangos, suínos e bovinos e outros mais – que utilizamos na nossa alimentação. Não sei pois qual a diferença de tratamento...

Mas deixemos para trás a caça da baleia e do golfinho e detenhamo-nos na sua observação industrial – o Whale Watching -  que tomou um desenvolvimento assombroso de tal modo que os animais visitados já se vão afastando e, como disse há dias uma entidade governamental: “A partir do momento que os animais não se sintam confortáveis nos Açores, partirão para novas paragens. “(...) “...os nossos turistas são muito exigentes do ponto de vista ambiental e também não toleram a pressão excessiva a que algumas vezes se assiste.”

A primeira empresa instalada nos Açores, escolheu o porto das Lajes por ser o que proporcionava melhor observação do cachalote.

A baía das Lajes era considerada santuário das baleias. Ainda será? Já lá vão dezasseis anos. A partir daí e dado o êxito alcançado, multiplicaram-se as empresas e tantas são que a entidade respectiva se viu compelida a limitar o número de licenças. E ainda bem que o fez a tempo de evitar maiores prejuízos aos empresários actuais e à própria terra, pois a presença deste novo turismo não deixa de ser benéfica para a economia local.

 

 

Queremos ouvir a sua opinião, sugestões ou dúvidas:

info@adiaspora.com

 

  

Voltar para Crónicas e Artigos

bottom
Copyright - Adiaspora.com - 2007